Piquenique sem glúten é marcado por recorde de público em BH

Com cerca de 150 pessoas, o evento já se tornou um dos maiores encontros pela inclusão celíaca na capital.

Por Augusto Albertini

Ocorreu neste domingo (7), a terceira edição do piquenique sem glúten de Belo Horizonte. Desta vez, aproximadamente 150 pessoas, entre elas 67 celíacos, estiveram presentes no evento ocorrido na praça Floriano Peixoto, no bairro Santa Efigênia, na região centro-sul da capital.

Bolos, pães, biscoitos e quitutes sem glúten. (Foto: Matheus Oliveira)

O evento, que surgiu em 2018, já se tornou referência para os celíacos e pessoas com outros tipos de restrições ao glúten em Belo Horizonte. A doença celíaca é uma condição autoimune que gera prejuízos à saúde do portador quando há contato com o glúten, uma proteína presente no trigo, centeio e cevada. Outras doenças associadas ao glúten são a sensibilidade ao glúten não celíaca e a alergia ao trigo.

Veja Também: Acelbra-MG comemora Dia Internacional do Celíaco em BH

O intuito do piquenique é dar visibilidade para a questão da restrição ao glúten e aos celíacos, especialmente em Belo Horizonte, onde ainda há poucos estabelecimentos aptos a receber este grupo de pessoas. Ambientes que manipulam trigo, centeio, cevada, aveia e seus derivados oferecem riscos para a saúde daqueles que possuem a doença, pois se esses ingredientes tiverem contato (direto ou indireto) com os alimentos que não contêm glúten, ocorre a contaminação cruzada e celíacos e alérgicos já não podem consumi-los. Devido a este risco, não podem comer fora de casa.

Esta edição foi uma iniciativa das organizadoras Andrezza Conde e Luciani Simões, com o apoio da Associação de Celíacos do Brasil (Acelbra-MG). De acordo com Andrezza, o piquenique tem a intenção de ser um evento acolhedor: “Foi idealizado para que nós tivéssemos a possibilidade de comer com segurança, confraternizar com segurança e para a gente se conhecer, porque somos um grupo grande de pessoas em uma cidade que é muito grande e nós não nos conhecemos, somos muito isolados. No meu ponto de vista, este encontro é bonito porque nós fazemos amizades e, a partir do momento em que conhecemos pessoas semelhantes a nós, a dor é reduzida, porque podemos compartilhar um pouquinho das nossas experiências”.


As organizadoras do Piquenique Julino, Luciani Simões e Andrezza Conde. (Foto: Sílvia Espeschit)

O piquenique contou com a parceria de 20 marcas de alimentos sem glúten, que enviaram produtos, salgados, sobremesas, e muitas outras opções. Além destas contribuições, o público também levou pratos que foram divididos entre os frequentadores. O resultado foi uma mesa farta com bolos, tortas, pães, patês, biscoitos, docinhos, chás, sucos, entre outras delícias.

*Augusto Albertini
Jornalista e colaborador do Territórios Gastronômicos.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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Leticia

Que ótimo!
Tomara que se espalhe pelo país. Em Porto Alegre, especialmente!

Renata Waszak

Parabéns!! Amei!! Sou celíaca e espero que um dia tenha algum evento assim em Porto Alegre!!!

Fernanda Guerra

Parabéns pelo sucesso do evento. Bjs