Plantas medicinais previnem doenças e dão sabor às receitas

Por Augusto Albertini*

Ao pensar em comida, muitas pessoas se lembram do prato preferido ou de combinações saborosas que a cozinha pode proporcionar. É comum que alguns se acostumem a satisfazer o paladar sem se preocuparem com a qualidade do alimento que está sendo ingerido, além de seus efeitos para o corpo. Diante das situações do estresse cotidiano, a nossa relação com as refeições tende a piorar, pois, em geral, costumamos nos alimentar com aquilo que está ao nosso alcance, e que seja fácil de preparar e ingerir – mas não necessariamente saudável.

A qualidade do alimento é fundamental na nossa saúde e, além de saciar nossa fome, ele pode prevenir e auxiliar no tratamento de doenças. No Brasil, mais de 50% das espécies nativas de plantas possuem alguma propriedade medicinal. São ingredientes que, além de serem saborosos, podem ser utilizados no tratamento e prevenção de patologias como artrite reumatoide, câncer, envelhecimento, doenças cardiovasculares, entre outras. Alguns exemplares são bem conhecidos e bastante usados na cozinha, como camomila, alecrim, boldo, erva cidreira e funcho.

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Gastão Goulart, extensionista agropecuário e engenheiro agrônomo, explica que mesmo que diversas plantas possam conter propriedades benéficas à saúde, nem todas são consideradas medicinais. “A definição de plantas medicinais é regulada pela Anvisa, mas a gente sabe que este uso está muito ligado à cultura popular”, comenta.

Não é possível listar todas as plantas que curam, e sim as que podem trazer benefícios à saúde. Por exemplo, as folhas escuras como a couve, o espinafre e a acelga, possuem vitaminas A, C e K, e por serem ricas em cálcio, elas fortalecem os ossos. Para que a saúde tenha ganhos significativos, a nutricionista Luciana Miranda indica maneiras de como ter uma dieta saudável. “Uma alimentação variada e colorida é composta por um número grande de nutrientes. Recomenda-se que uma refeição contenha no mínimo 5 cores diferentes, fornecendo uma refeição nutricionalmente completa. Esta alimentação não precisa ser cara, pois utilizando alimentos da safra de cada mês, evitando-se alimentos industrializados e priorizando a agricultura familiar, o planejamento familiar pode se tornar muito mais saudável e barato”, afirma.

Como cultivar

Assim como as origens dessas plantas, o cultivo delas também é feito de maneira rústica. Em geral, o local do plantio necessita de uma média de quatro horas de sol, uma água de boa qualidade, além de um substrato fértil, como: torta de mamona, esterco de curral curtido e farinha de osso.

(Foto de capa: Pixabay)

*Augusto Albertini
Jornalista e colaborador do Territórios Gastronômicos

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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