Acarajé e Vatapá: tempero baiano com sotaque mineiro - Territórios Gastronômicos

Acarajé e Vatapá: tempero baiano com sotaque mineiro

Que tal preparar um delicioso bolinho baiano com sotaque bem mineiro, uma iguaria da boa terra que ha anos brilha na tradicional Feira da avenida Afonso Pena em Belo Horizonte, a Cidade Criativa da Gastronomia

Que tal preparar um delicioso bolinho baiano com sotaque bem mineiro, uma iguaria da boa terra que ha anos brilha na tradicional Feira da avenida Afonso Pena em Belo Horizonte, a Cidade Criativa da Gastronomia

Acarajé e vatapá

Por: Maria de Fátima Pereira*


Ingredientes:

– 10 kg de feijão fradinho

Para o acarajé

– 1 litro de azeite-de-dendê

– 4 litros de óleo

– 4 cebolas grandes picadasContinua depois da publicidadePUBLICIDADE

– 3 cabeças de alho descascadas

– Sal a gosto

– 2 cabeças grandes de peixe (de preferência salmão)

Para o vatapá

– 100 g de amendoim

– 2 garrafas (200 ml)de leite de coco

– 100 g de castanhade caju moída

– 1 kg de farinha de trigo

– Meio litro de azeite-de-dendê

– 500 g de camarão seco

– 2 litros e meio de água

– 1 pedaço de gengibre

Modo de Preparo:

O acarajé

Lavar bem o feijão fradinho e deixar de molho, em água fria, até que as cascas comecem a se soltar. Passar os grãos em uma peneira e esfregá-los com as mãos, para que toda a casca se solte. Bater os grãos (sem casca) no liquidificador. Reservar em um recipiente. Bater no liquidificador a cebola e o alho. Juntá-los ao feijão batido e misturar com uma colher de pau. Pôr sal a gosto. Em uma panela ou frigideira funda, pôr o óleo e o azeite-de-dendê e levar ao fogo.

Quando estiver pré-aquecido, pôr porções de massa retiradas com uma colher e fritá-las. Reservar.

O vatapá

Limpar as cabeças de peixe e deixá-las no fogo, com água até cobrir, até a carne se soltar dos ossos. Separar qualquer fragmento restante com as mãos. Eliminar os ossos, o caldo e levar a carne ao liquidificador, juntamente com o camarão, a castanha, o gengibre, o corante e meio litro de água. Com a mistura batida, levar ao fogo baixo e mexer sempre. Em um recipiente, dissolver a farinha de trigo com dois litros de água fria e mexer.

Quando estiver bem dissolvida, despejar na panela com a primeira mistura, mexer bem. Pôr o leite de coco e o azeite-de-dendê. Cozinhar por 30 minutos, até que a mistura fique consistente. Se ficar muito grossa, pôr um pouco de água.

Montagem

Depois de fritar o acarajé, cortá-lo ao meio e recheá-lo com o vatapá. Para cada bolinho, uma colher (sopa, cheia) de recheio. Por cima, pôr camarão frito.



*Receitas fornecidas por Maria de Fátima Pereira, da Feira da Afonso Pena em Belo Horizonte, para o Projeto Sabores de Minas



Tempero baiano, sotaque mineiro

Maria de Fátima Pereira deposita cuidadosamente a massa do bolinho de feijão no óleo de dendê. Logo, ele toma forma e doura. Ela fica de olho. Tira o bolinho e, com a faca, faz um corte. Ele se abre e a fumaça traz um cheiro inconfundível. É o momento da pergunta: “Quente ou frio?” Não se iluda: ela, na verdade, quer dizer: “Com pimenta ou sem?” No recheio, vatapá e camarão. É o Acarajé, que Maria de Fátima aprendeu a fazer ainda menina, na sua cidade natal: Vitória da Conquista (BA).

De lá, além do prato típico, ela trouxe a alegria e a tranqüilidade baianas. “Um bom acarajé é feito com paciência e bom humor”, revela, na fala sem sotaque baiano. “Gosto do uai e de tudo que Minas tem. Aqui é a minha terra e a Feira Hippie, minha segunda casa.” Não é para menos: são 32 anos de trabalho e muita disposição. “Preparo os bolinhos de feijão um dia antes. São 150 por domingo.”

Quem consegue comer, sai feliz, mas aqueles que não provaram da iguaria, só mesmo esperando o próximo domingo, porque não sobra nenhum para contar história. Orgulho para a baiana, que desmonta a barraca e volta para a casa apressada, pois ainda tem que preparar o almoço. “Toda semana é essa correria. Mas é assim que eu gosto. Sinto que estou viva”, diz. A equipe também se despede de lugares tão familiares, que, com tanta variedade de sabores, parecem desconhecidos.

Fim de feira e até a próxima!

Mapa dos Territórios Gastronômicos de Minas Gerais: Belo Horizonte está localizada no Território Central/ Região Metropolitana

EA/TG – CENTRAL / REGIÃO METROPOLITANA

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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Receitas
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