Minas 300 anos: sagrados licores e doces artesanais - Territórios Gastronômicos

Minas 300 anos: sagrados licores e doces artesanais

Aprenda esta tradicional receita dos licores dos quintais de Minas Gerais, que contam um pouco da história dos 300 anos da gastronomia mineira.

Aprenda esta tradicional receita dos licores dos quintais de Minas Gerais, que contam um pouco da história dos 300 anos da gastronomia mineira.

Licor de pitanga e acerola

Receitas históricas de Minas Gerais*

Ingredientes:

– 1 kg de pitangas maduras

– 1 kg de acerolas maduras

– 2 litros de cachaça

– 2 kg de açúcar cristal

– 2 litros de água filtrada

Modo de Preparo:

Lavar bem as frutas e deixá-las, juntas, escorrendo até que fiquem bem secas. Pôr dentro de um vidro grande, bem lavado e desinfetado com álcool, e despejar a cachaça, que deverá encobrir as frutas (inteiras e com caroços). Tampar o vidro e deixá-lo fechado durante um mês, para fazer a essência. Terminado o período, pôr numa panela (no fogo) o açúcar e a água e fazer uma calda grossa. Desligar o fogo e, quando a calda estiver morna, despejar a essência com as frutas.

Coar várias vezes, com um coador de pano, e engarrafar.


*Receita fornecida pelas irmãs Mariza de Fátima Costa e Sandra dos Santos Melo, do Mosteiro de Macaúbas, em Santa Luzia para o Projeto Sabores de Minas

Néctar dos céus

A fé move as montanhas de Minas, abre caminho para as tradições e ilumina Receita fornecida pelas irmãs Mariza de Fátima Costa e Sandra dos Santos Melo, do Mosteiro de Macaúbas, em Santa Luzia. Telefones (31) 3684-2096 e 9612-1773 alimentos que fortalecem o corpo e suavizam o espírito. Nesta longa peregrinação por lugares sagrados, os viajantes do guia gastronômico agradecem o pão de cada dia, saboreiam biscoitos que têm gosto de história e provam caldos deliciosos. A jornada começa no Mosteiro de Macaúbas, a 12 quilômetros de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde vivem em regime de clausura as irmãs da ordem da Imaculada Conceição.

Na deslumbrante construção do início do século 18, as concepcionistas rezam pela paz no mundo, mas também fazem quitandas, bebidas e doces, vendidos no convento, com destaque para os vinhos e licores. As receitas remontam aos tempos coloniais, “com pequenas adaptações”, diz a coordenadora da ala de retiro, irmã Mariza de Fátima Costa. É o caso do licor de pitanga, que ganhou a companhia da acerola e muito mais admiradores.

Nem bem o Sol raiou, lá por volta das 5h, as freiras já estão de pé, para as orações e os afazeres no quintal, no pomar e na cozinha. Depois de um cálice do licor, diante da entrada principal do mosteiro, a equipe está certa de que esta será uma viagem abençoada, com muitas descobertas e a certeza de que Minas vai além da geografia – é um estado de espírito.

Mapa dos Territórios Gastronômicos de Minas Gerais: O município de Santa Luzia está localizado no Território Central/Entorno

EA/TG – CENTRAL/ENTORNO

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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