Ora-pro-nobis: muito mais do que “carne de pobre”, é uma verdura gostosa e nutritiva

Conhecida históricamente em Minas como carne de pobre pelo seu alto teor de proteína, essa folhinha tão comum nos quintais é muito versátil e gostosa. Servida sozinha refogada, acompanhando uma galinha caipira entre outras maneitas ela é uma das estrelas das cozinhas dos quintais de Minas. Confira essa receita de Feijão com ora-pro-nobis e angu.

Conhecida históricamente em Minas como carne de pobre pelo seu alto teor de proteína, essa folhinha tão comum nos quintais é muito versátil e gostosa. Servida sozinha refogada, acompanhando uma galinha caipira entre outras maneitas ela é uma das estrelas das cozinhas dos quintais de Minas. Confira essa receita de Feijão com ora-pro-nobis e angu.

Veja também: Quiche de ora-pro-nobis com queijo minas

Feijão com ora-pro-nóbis e angu

Ingredientes:

– 500 g de feijão carioquinha cozido

– 3 colheres (sopa) de banha de porco ou óleo

– Alho picadinho e sal a gosto

– 1 molho de folhas de ora-pro-nóbis lavadas, enxugadas e rasgadas

– 200 g de bacon picado ou linguiça em rodelas (fritar antecipadamente)

– 250 g de fubá de moinho d’água

– 1 litro de água

– 200 ml de leite

– 2 colheres (sopa) de manteiga

– 1 pitada de sal

– Cebolinha a gosto

Preparo:

Em uma panela, aquecer a gordu­ra e dourar o alho e o sal.

Pôr o fei­jão e deixar ferver, até que o caldo fique bem grosso.

Pôr o bacon ou a linguiça e misturar.

No momen­to de servir, salpicar o ora-pro­-nóbis e misturar levemente.

Para o angu, levar a água ao fogo para ferver.

Pôr o leite, a manteiga e o sal.

Quando começar a ferver, pôr o fubá dissolvido em um pouco de água e mexer, vagarosamente, entre 30 e 40 minutos, ou até que comece a soltar das laterais da pa­nela.

Pôr a cebolinha e misturar.

Despejar em uma travessa e servir como acompanhamento do feijão.

(foto: Beto Magalhaes/EM)
Feijão com ora-pro-nobis e angu – (Foto Beto Magalhães/EM)

*Receita fornecida por Sônia Aparecida de Oliveira e Oliveira, de Joaquim Felício para o Projeto Sabores de Minas

(foto: Beto Magalhaes/EM)
(foto: Beto Magalhaes/EM)

Doce combinação da felicidade

O cultivo é simples: basta semear que brota. As flores embelezam e perfumam o ambiente, enquanto os espinhos dão proteção às casas. No prato, é sinônimo de alto teor de ferro e proteínas, além de gostinho especial nas refeições, seja como estrela principal ou mero coadjuvante. Por tudo isso, o ora-pro-nóbis é hortaliça que não falta em muitas casas de Minas, principalmente no interior. Em Joaquim Felício, a moradora Sônia Aparecida faz questão de ter a planta sempre à mão, seja para saborear ou apreciar.

“Você já viu a flor? É a coisa mais linda que tem. Fica uma maravilha em buquê de noiva”, derrete-se. Já na cozinha, as folhinhas enriquecem as carnes ensopadas, mas também fazem bonito servidas cruas, para serem salpicadas sobre a comida quente. “Quando o feijão ou arroz estão prontos, bem quentes, jogo o ora-pro-nóbis cru por cima. Fica uma delícia.” Para tirar a prova, só mesmo uma generosa pratada de feijão novinho, colorido pelo verde da planta e pelo amarelo de um anguzinho todo especial.

O resultado não poderia ser outro: nenhum restinho na panela para contar a história.

Mapa dos Territórios Gastronômicos de Minas Gerais: o município de Joaquim Felício está localizado no Território Cerrado/Serra do Cabral

EA/TG – CERRADO/SERRA DO CABRAL

Veja outras receitas com ora-pro-nobis

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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