Três ícones da identidade gastronômica mineira juntos em só espaço: a cachaça, a cerveja artesanal e os doces. Eles serão os grandes protagonistas da Expocachaça, que começa nesta quinta, 6 de julho, e vai até domingo, 9 de julho, em Belo Horizonte.
Por Isabel de Andrade*
Começa nesta quinta-feira, 6 de julho, em Belo Horizonte a ExpoCachaça. A maior feira do gênero no país vai reunir 160 expositores, cachaças de 18 estados, cervejas artesanais, gastronomia, shows, lançamento de livro e o melhor da doçaria mineira.
Esta será a 32ª edição da Expocachaça. Uma estrutura de primeira está sendo montada na Serraria Souza Pinto, no Centro da capital mineira, para receber os visitantes. A feira será realizada em conjunto com a 16ª Brasilbier. Assim, irá unir as duas categorias de bebidas artesanais: a cachaça e a cerveja.
A primeira ExpocaCachaça foi realizada em 1998. Ao longo das 30 edições, foram recebidos mais de 2,3 milhões de visitantes e gerados negócios da ordem de R$465 milhões. Idealizada pelo promotor de eventos José Lúcio Mendes, a feira foi pioneira no segmento no Brasil e teve um papel importante para que a cachaça ganhasse visibilidade e status de bebida destilada nos mercados interno e externo.
“O que nos orgulha é constatar que é um evento que nasceu em Minas Gerais em 1998, há 25 anos, ganhou liderança no Brasil com a participação de vários estados produtores e visibilidade mundial”, comemora José Lúcio Mendes, presidente da Expocachaça e da BrasilBier.
Minas + Doce
A edição de 2023 da ExpoCachaça chega com uma novidade, o Minas + Doce, idealizado pelo presidente do evento, José Lúcio Mendes. Um espaço exclusivo vai destacar a riqueza cultural e gastronômica da produção dos doces em Minas Gerais, consolidando-se como um marco na tradição da doçaria e confeitaria mineira.
Para a primeira edição do Minas + Doce, foram selecionados 10 expositores. Eles estão organizados nas seguintes categorias: doces tradicionais, contemporâneos, de corte, premiados, populares, de leite, de influência estrangeira – como as quecas e lamparinas de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte –, os inovadores, as quitandas doces e os doces líquidos, que são os licores.
Quem cuidou da curadoria da Minas + Doce foi a professora e mestre em Gastronomia e Sustentabilidade Rosilene Campolina sob a coordenação e produção de Bruno Bethonico. Rosilene conta que o nome “Minas + Doce” foi escolhido para promover a doçaria mineira em todas suas dimensões: social, cultural, econômica e gastronômica, com foco na inclusão, na educação e na promoção dos doces e quitandas das diversas regiões mineiras.
Tacho de cobre: símbolo da doçaria mineira
Um dos principais atrativos do Minas + Doce é o destaque dado às técnicas tradicionais transmitidas de geração em geração. Sim. Estamos falando do uso do tradicional tacho de cobre, símbolo de excelência e tradição e que permite aos produtores de doces em Minas Gerais preservarem a autenticidade de suas criações.
“E para quem pergunta: o que a cachaça tem a ver com doces? Tudo! Ambos vêm da cana-de-açúcar e o cobre está para o tacho assim como para os alambiques”, comenta Rosilene Campolina, professora de Gastronomia e curadora do Minas + Doce.
Rosilene Campolina explica que a ideia é compartilhar informações sobre a história da doçaria e quitandaria em Minas Gerais. “Não por acaso, o tema desta edição é ‘origem e história’ e a nossa homenageada é a Dona Nelsa Trombino, que faleceu recentemente e deixou muitos ensinamentos a partir de seus tachos e fogão a lenha”, diz a professora.
O presidente da ExpoCachaça, José Lúcio, vislumbra que o Minas + Doce se fortaleça e futuramente ganhe até o seu próprio festival. E ele faz o convite: “delicie-se com os sabores encantadores e autênticos da doçaria mineira no espaço Minas + Doce! Uma experiência que desperta memórias e celebra a tradição gastronômica de Minas Gerais”.
Serviço:
Expocachaça e Brasilbier
Data: de quinta (6 de julho) a domingo (9 de julho)
Local: Serraria Souza Pinto, Belo Horizonte
Ingressos: Sympla
Instagram: @expocachaca
Site: expocachaca.com.br
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.