Doces de maxixe e de jiló: exóticos e deliciosos - Territórios Gastronômicos

Doces de maxixe e de jiló: exóticos e deliciosos

Conheça essas receitas exóticas. O doce de maxixe, que mais parece uma ameixa preta e o de jiló que tem um gostinho de figo em calda. Doces surpresas! Confira!

Conheça essas receitas exóticas. O doce de maxixe, que mais parece uma ameixa preta e o de jiló que tem um gostinho de figo em calda. Doces surpresas! Confira!

Veja também: Compota de Limão Rosa, uma doçura dos quintais de Minas

Ameixinha do cerrado

Da Série: Doces dos Quintais de Minas Gerais*

Ingredientes:

– 3 Kg de Maxixe bem pequenos

– 2 Kg de rapadura escura

– 800 gr de açúcar cristal

Preparo:

Retirar os cabinhos e raspar os maxixes, para que fiquem lisos.

Levá-los ao fogo com água e retirá-los assim que levantar fervura.

Em uma panela, levar ao fogo brando a rapadura raspada e o açúcar.

Quando a rapadura derreter, acrescentar os maxixes e deixar cozinhar por uma hora ou até que o maxixe e a calda escureçam bem.

Retirar do fogo e deixar o doce na panela por 24 horas.

Levar ao fogo novamente durante uma hora ou até que o doce adquira aparência de uma ameixa preta em calda.

Figo do Sertão

– 1 kg de jiló

– 1 kg de açúcar cristal

– 2 folhas de figueira

– 3 copos americanos de água

Preparo:

Em um tacho de cobre, ferver o jiló com água.

Retirar do fogo e, quando esfriar, trocar a água.

Deixar descansar por cerca de quatro horas antes de trocar a água novamente.

Ao todo, serão três trocas por dia, durante três dias, ou até que saia o amargo do jiló.

Após esse processo, pôr, em um tacho, o açúcar, os três copos de água, o jiló e as folhas de figo.

Levar ao fogo brando por 40 minutos, sem mexer.

No outro dia, ferver novamente durante o mesmo tempo.

*Receita fornecida por Lúcia Aquino Bebiano, de Januária para o Projeto Sabores de Minas

Artimanhas do cerrado

O sol se torna escaldante, o céu, mais azul e a temperatura vai às alturas. A paisagem é a cara do semi-árido e o sotaque mineiro começa a se misturar ao baiano. Estamos no Norte de Minas, o sertão do estado, no Médio São Francisco, e nossa primeira parada é a cidade de Januária, a 603 quilômetros da capital. Quem nos recebe é Lúcia Aquino e ela mostra que criatividade e esperteza também são fundamentais na arte de cozinhar.

O figo do sertão e a ameixinha do cerrado, doces preparados por ela, têm em comum os ingredientes e nomes inusitados, criados para evitar qualquer tipo de cara feia. “O figo do sertão é um doce de jiló com folhas de figo. Se você falar que é jiló, ninguém come”, entrega. Já a ameixinha nada mais é que o maxixe cozido em uma calda de rapadura. E não há quem não caia na brincadeira. “O pessoal come e me pergunta onde encontrei esse tipo de ameixa, pois o gosto é diferente”, diverte-se.

Outra artimanha de Lúcia, que comanda, com o marido, o aconchegante Restaurante Babalu, é o licor divino, como apelidou, feito com a calda do doce de maxixe, cachaça e essência de chocolate. Todos estes segredinhos estão guardados em um caderno de receitas que a mãe-coruja escreveu para os dois filhos. Junto com cada receita, Lúcia registrou acontecimentos marcantes em que cada iguaria foi servida, como aniversários e batizados.

Amor e carinho que não podem faltar em nenhum prato.

Mapa dos Territórios Gastronômicos de Minas Gerais: o município de Januária está localizado no Território Cerrado/Sertão Veredas

EA/TG – CERRADO/SERTÃO VEREDAS

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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